Do alinhamento à prática: fazendo o openBIM acontecer
- Michel Figueiredo

- 22 de ago.
- 2 min de leitura
Já falamos sobre como alinhar políticas, processos e pessoas para que todos falem a mesma língua. Mas existe uma pergunta que sempre aparece depois disso: como transformar esse alinhamento em prática real no dia a dia dos projetos?
O risco é achar que uma reunião inicial resolve tudo. O verdadeiro desafio começa quando o projeto está em andamento, prazos apertam e decisões precisam ser tomadas em minutos.
Alinhamento é o primeiro passo, mas só gera valor quando se converte em ação concreta e repetida. Em BIM, isso significa:
Arquivos realmente entregues conforme padrão.
Processos seguidos mesmo sob pressão.
Pessoas engajadas, lembrando não só do “como”, mas também do “porquê”.
Sem essa transição, o discurso de openBIM fica bonito nas apresentações, mas ineficaz na obra.
Lideranças precisam reforçar continuamente o alinhamento, mostrando que:
Seguir processos é prioridade, não burocracia.
Políticas existem para ajudar, não atrapalhar.
O exemplo vem de cima: coordenadores e gestores devem ser os primeiros a respeitar padrões.
Quando a liderança quebra regras “porque está com pressa”, abre espaço para todos fazerem o mesmo.
a) Checklists simples
Transformar políticas e processos em listas curtas de verificação facilita a execução e evita esquecimentos.
b) Feedback rápido
Erros de processo devem ser apontados e corrigidos na hora, sem esperar por auditorias formais.
c) Ferramentas integradas
Usar plataformas que reforçam automaticamente padrões (CDEs, templates, bibliotecas centralizadas) reduz a dependência da memória individual.
d) Reuniões curtas
Reuniões curtas semanais dedicadas a revisar se os processos estão funcionando na prática ajudam a manter o alinhamento vivo.
No início, parece perda de tempo. Mas em poucas semanas:
Aderência ao processo sube.
O retrabalho de arquivos cai.
A equipe começa a enxergar o valor de seguir as políticas, pois ganha tempo coletivo.
Mas cuidado!!
Formalismo excessivo: criar reuniões longas demais que desmotivam a equipe.
Cobrança sem suporte: exigir cumprimento sem oferecer treinamento ou ferramentas.
Falta de reconhecimento: ignorar quando a equipe adere corretamente, reforçando apenas os erros.
Em resumo, openBIM só acontece quando o alinhamento vira prática, sustentada por pessoas, processos e políticas vivas. A transformação não está nos documentos, mas na cultura aplicada todos os dias.





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