Entenda como fazer clashs do jeito certo, sem ruído e com resultado fácil de ver.
- William Formigoni
- 12 de jan.
- 3 min de leitura
Atualizado: 20 de jan.
Se seu projeto em BIM passará pelo processo de compatibilização e você quer um bom resultado, ter uma boa matriz de clash vai fazer bastante diferença pra você.
Assim como num processo Cad, ter bem determinadas quais são as checagens que devem ser feitas nos projetos é importante para passar por todos pontos relevantes, num processo em BIM, a matriz de clash é responsável por ter todas as coisas que serão checadas no modelo em termos de colisões.
Veja abaixo a imagem de uma matriz de clash da DRCPRO Engenharia.

Numa boa matriz existirá a determinação da numeração ou identificação das classes que sofrerão o clash. A identificação das classes de cada elemento nós fazemos num documento a parte para facilitar a visualização.
“Mas pra fazer o clash não basta colidir um modelo inteiro contra outro modelo inteiro”?
Se você quiser acabar com milhares de Clashes sem sentido e mais informação do que é humanamente possível processar, então sim, pode fazer isso!
A matriz vem para organizar e determinar as classes de o que será checado, criando metadados importantes que representam a colisão encontrada.
A coordenação de projetos se assemelha a uma arte. Você deve gastar sua energia e recursos onde dá para extrair mais resultados.
Parafraseando o Rafael Evangelista:
"Procure fazer o mínimo necessário e fazer bem feito"
De que me adiantará criar milhares de resultados de itens relacionados a imprecisão de modelagem inócua e misturar eles com colisões realmente importantes?
Ninguém conseguirá dar a devida atenção para os pontos relevantes se eles estiverem misturados com colisões que não afetam o projeto, ou se conseguir, será a um custo de tempo e esforço elevado.
Se por exemplo, você for checar um projeto de hidráulica inteiro contra um de estrutura, para uma etapa de Markup por exemplo, é necessário que você selecione apenas as classes relacionadas as tubulações, vigas e pilares. Assim você vai ter certeza que não vai gerar ruído no resultado.
Configure seu clash para colidir IfcPipeSegment versus IfcBeam e IfcColumn. Pronto, você já está analisando pelo menos 90% das classes envolvidas nas checagens de um Markup entre estrutura e hidráulica.
E as classes dos outros objetos? Organize a conferência de acordo com o que faz sentido, agrupe as checagens. Indique em cada fase do projeto quais checagens serão feitas, não precisa checar tudo desde o início, faça de forma incremental conforme o projeto amadurece em informação.
A realização de Clashes é uma etapa que precisa estar respaldada por um bom processo de compatibilização, para checar as coisas certas nas horas certas. Lembre que gestão de projetos necessita de processos bem estruturados.
Tenha em mente também que algumas adaptações podem ser necessárias a depender do software que você utilizar, para que o resultado seja melhor.
Depois de processar as colisões, você vai ter que apresentar esse resultado em algum CDE ou exportar em BCF para abrir em algum visualizador, para que os envolvidos resolvam suas pendências.
Na DRCPro nós fazemos com o Bonsai exportando para o Trimble com as boxes criadas ao redor dos elementos na vista da colisão. Veja abaixo um exemplo:


Exportar o clash dessa forma facilita encontrar exatamente onde ocorreu o problema sem ter que ficar recortando o modelo toda vez que você mudar de tópico BCF.
As etiquetas usadas também fazer correspondência ao clash que foi realizado, para permitir filtros rápidos.
Se você desejar saber mais sobre como organizar a sua matriz de clash ou então como usar o Bonsai corretamente para isso atingir esse resultado chama nos comentários ou me envie uma mensagem para conversamos mais.
Temos também uma lista de interessados para quem deseja implementar essas técnicas em suas empresas e processos internos mas as vagas são limitadas. O link estará no início deste artigo.
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