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Checagens de modelos IFC com templates - Quais softwares eu recomendo para escritórios que querem adotar o BIM - Review 04

  • Foto do escritor: William Formigoni
    William Formigoni
  • 8 de mar.
  • 5 min de leitura

Eu acho que você já teve alguma vez o sentimento que precisava automatizar algum trabalho extenuante em modelos IFC. Eu também já tive.

Uma dor comum de profissionais que atuam em rotinas de produção e compatibilização de projetos com BIM é lidar com as informações produzidas. E acredite, são muitas.


Lembrando novamente o cenário para os artigos de review: escritórios de desenvolvimento de projetos complementares que querem incluir o BIM em suas rotinas.


Apesar do cenário das reviews ser esse, hoje essa review serve muito bem para escritórios de coordenação também.

Os modelos são excelentes para que você possua uma visão melhor que uma planta pode fornecer na maioria das vezes, principalmente quando estamos analisando mais de uma disciplina ao mesmo tempo.



Sobreposição da arquitetura e modelos. Eu costumo colocar o modelo com as plantas em nível dentro do visualizador para poder sobrepor desenho e modelagem. Ajuda muito na compatibilização e identificação de problemas.
Sobreposição da arquitetura e modelos. Eu costumo colocar o modelo com as plantas em nível dentro do visualizador para poder sobrepor desenho e modelagem. Ajuda muito na compatibilização e identificação de problemas.

Ao ter vários modelos IFC, porém, se você tiver algum objetivo na modelagem que vá além da compatibilização geométrica e espacial dos elementos, começa a ficar difícil e trabalhoso lidar com os modelos.


São necessárias checagens de propriedades e atributos, se existem e se receberam o valor correto. Verificações de espaçamento de objetos dentre outros.


As atividades necessárias para se atender a esses requisitos devem ser feitas sobre todos os modelos e sobre todas suas versões. É um trabalho grande!


Empreendimentos que tem por objetivo colher benefícios do BIM em áreas como orçamento e cronograma por exemplo, vão sem dúvidas passar por essa dor. Até mesmo se o objetivo for apenas compatibilização, a depender do seu processo interno, checagens dos dados do modelo e de colisão deverão ser feitas.


Quero explicar o processo produtivo envolvido nisso.


Um modelo IFC pode ser usado para avaliar as informações que chegam nos objetos, de forma quantitativa e qualitativa. Para que possa ser feito um orçamento por exemplo, será preciso que os objetos tenham as classificações corretas e com as devidas propriedades de quantidade padronizadas conforme a regra do cliente.


Nem estou falando de IDS. Estou falando de nível de informação necessária. Tendo o projeto sido produzido de forma correta caberá ao coordenador do cliente e até mesmo do conferente interno do projetista garantir que as informações solicitadas estão presentes. Não espere que será o analista de orçamento que conferirá isso, pois nao será! A produção e avaliação do modelo IFC é responsabilidade do projetista e coordenador do projeto.


Agora para fazer essa checagem, assim como em projetos em CAD, são usadas planilhas que determinam como os objetos devem ser apresentados. Mas não dá pra ficar clicando em objeto por objeto e vendo. Aqui entram as regras de checagem com templates.

Imagine ficar com a planilha abaixo numa tela e com o modelo na outra, identificando o que foi atendido:



Planilha de nível de informação. Prática muito difundida na maioria dos escritórios que ainda não usam IDS. As vezes, usada em paralelo ao IDS
Planilha de nível de informação. Prática muito difundida na maioria dos escritórios que ainda não usam IDS. As vezes, usada em paralelo ao IDS

As regras de checagem servem para traduzir os requisitos de informações em regras lógicas com operadores de comparação textual ou numeral por exemplo, ou até mesmo verdadeiro ou falso ou checagens de presença ou ausência. As regras são a pedra fundamental para qualquer equipe de coordenação e até mesmo para projetista garantirem que a informação produzida atende o esperado.


Encare as regras como um checklist para modelos IFC. A grande vantagem aqui é que o softwares que aplicam elas automatizam a checagem por todo o modelo.

Note que para criar as regras é necessário entender a estrutura do IFC, pois as regras vão fazer comparações diretamente com os objetos e hierarquias do IFC, então você vai precisar saber o que está pedindo.


Com as regras aplicadas, é necessário pegar o resultado e entregar num mecanismo de comunicação assíncrona, ou seja, num relatório ou então num quadro do Monday por exemplo, que facilita o acompanhamento das issues.


Não use o software de checagem como meio de controle de acompanhamento do atendimento delas e discussão, eles não servem pra isso, sem exceção!


Use WorkOS, como o Monday, relatórios em Excel, qualquer coisa que garanta rastreabilidade, responsabilização, controle de prazo e seja acessível para os envolvidos de forma fácil.



Gestão dos clashes através do Monday.com
Gestão dos clashes através do Monday.com

O meu processo é feito todo no Monday por exemplo, desde importar os BCFs até acompanhar o atendimento deles.


Ok agora vamos a parte de como implementar as regras.


Para implementar uma regra você deverá analisar o tipo de requisito:


  1. É um número que deverá estar entre alguns valores?

  2. É uma propriedade que deve existir?

  3. É um valor textual que deve atender alguma regra?

  4. É uma informação que deve estar apenas em algum elemento de classe específica?


Existem infinitas possibilidades e como implantador, meu trabalho é guiar em como implementar isso corretamente traduzindo o requisito de informações dele em regras lógicas e criando templates.


Como sabem, a MakeDrive Soluções Integradas da qual sou sócio é parceira e representante oficial da ACCA software PT e nós utilizamos para checagens o software deles usbim.Checker. Além de usar internamente nós damos suporte técnico e consultoria para implantação nas empresas.


Com ele a gente cria regras e as reaproveita sem dor de cabeça, pois o trabalho técnico é feito uma vez apenas e depois é replicado num processo produtivo.

Veja por exemplo como uma regra é feita:




Você estabelece o filtro e a regra a ser aplicada sobre aquele filtro
Você estabelece o filtro e a regra a ser aplicada sobre aquele filtro

Com o usbim.Checker a redução de tempo de checagem em modelos é significativa, eliminando quase completamente todas as verificações manuais.


E a resposta para a pergunta de por que não usamos o solibri? Simples: o usbim.Checker realiza todas as checagens que precisamos, num custo extremamente reduzido, num ambiente de nuvem, com facilidade de gestão da licença e numa interface nem mais amigável.



Identificação de lajes que possuem carga de apartamento tipo. No caso, esses são os objetos que não atendem a essa regra. Isso permite avaliar quais lajes tem a carga correta
Identificação de lajes que possuem carga de apartamento tipo. No caso, esses são os objetos que não atendem a essa regra. Isso permite avaliar quais lajes tem a carga correta

Quem acompanha o Rafael Evangelista sabe da importância de um processo de coordenação coeso e lógico e ferramentas de checagem entram em pontos estratégicos do processo.


Do ponto de vista de produção do projeto em si, quando queremos avaliar a qualidade do modelo produzido por softwares de instalações ou estrutura, utilizamos o checker e o ids para validar diversos aspectos dos modelos IFC, sendo possível corresponder isso a algo correto ou errado que houve na produção do projeto.


Temos diversos templates de checagem que servem a vários objetivos diferentes. São todos personalizados para cada cliente e cada empresa precisaria ter o seu, que sirva as especificidades do próprio processo.


É importante compreender o que as ferramentas de hoje podem resolver de problemas de acúmulo de trabalho e também como lidar com as informações que recebemos, que as vezes são muitas mas podem ser usadas para extrair insights importantes e necessários para os projetos.

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